Quando me deparei com aquilo
Algo desconhecido e estranho
alí no meio do lixo
Continuei andando
E mais perto fiquei
Quando tirei um papel que estava em cima
Foi tão horrível que me assustei
O choque foi tão grande
Que comecei a chorar
Aquilo me doeu tanto
Que mal eu conseguia olhar
Até no começo pensei
Que poderia ser um bicho
Mas não, meu Deus
Era bem pior
O que vi foi um frágil bebê
Jogado alí no meio do lixo.
Juliana Guerra, agosto de 2008
Há quase 3 anos atrás minha professora pediu para que discutissimos sobre esse tema, para sermos cientes de que temos o poder de nos expressar. Sempre me disseram para NUNCA dizer NUNCA, mas eu digo claramente e tenho certeza de que jamais mudaria de idéia sobre o quanto sou totalmente CONTRA essa atitude insana e descontrolada que as pessoas passaram a ter para se livrar da responsabilidade. A mulher tem direito SIM de fazer o que quiser com seu corpo, mas deireito algum tem ela sobre o que fazer com qualquer outra vida que não seja a dela. É absurdo saber que existem lugares que isso é totalmente normal. A maioria das pessoas que acompanharam o noticiario na época se sensibilizaram e tomaram as dores dos pais do garoto João Hélio que foi cruelmente arrastado por mais de sete quilômetros, devido à um assalto que sua familia sofrera. Há alguns tipos de aborto que simplesmente destroçam o feto sem piedade alguma dentro do útero, e depois violentamente o puxam para fora. Então quer dizer que o caso do menino João Hélio foi uma coisa totalmente desumana ou até *humana demais, e acabar com uma vida que está dentro de você não é? E o pior, sem culpa alguma! E lutando por isso ser legalizado! Casos de estupro fazem as pessoas pensarem mais sobre a idéia. Ah, vamos ser claros, sua filha é estuprada, o que é um horror, e ao invés de você querer que essa violência acabe no mundo, seu exemplo é matando uma fragil e inoscente criança dentro dela? Ok, ela não tem condições e nem estrutura para cuidar de um bebê, mas então se minha mãe não tivesse condições de me alimentar (que fique claro que não estou comparando o caso da minha mãe ao caso de uma criança, mas só estou dando um exemplo) seria aceitavel ela me matar para que eu não sofresse? Nossa, isso seria a melhor solução, ou a mais facil! Uma mulher que aborta por ser pobre não vai ficar rica depois do aborto. O problema da mulher é a sua pobreza e não a sua gravidez. A falta de dinheiro resolve-se com dinheiro: não se resolve com morte. E o fato da mãe ser uma criança também não fará disso em questão, a solução. Não há argumentos existentes que façam isso deixar de ser mais uma completa falta de noção dos seres humanos. Tem pessoas que ainda dizem que: se mata o feto e não o bebê. Ok, e qual a diferença? É vida do mesmo jeito! Ah, legal, então não se mata uma criança e sim um bebê, não se mata um adolescente e sim uma criança, não se mata um adulto e sim um adolescente? E por aí vai, não é? Definitivamente, não há justificativa nenhuma para MATAR, só variadas formas de se explicar o porquê desse crime.
*humana demais: hoje em dia não se pode mais dizer que atitudes "humanas" , sejam atitudes totalmente do bem!
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